21 de maio de 2013 - 10h03
A candidatura portuguesa da Dieta Mediterrânica a Património Cultural e Imaterial da Humanidade da UNESCO é apresentada na quarta-feira, às 12h00, na Assembleia da República, anunciou este órgão de soberania.
A candidatura portuguesa foi entregue em Paris, na sede da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), no dia 30 de março do ano passado, segundo um comunicado divulgado, na ocasião, pelo Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT).
O trabalho da candidatura da Dieta Mediterrânica foi liderado pela Câmara de Tavira e, em novembro de 2011, fonte desta autarquia algarvia afirmou à Lusa que o processo era promovido por Portugal, articulado com o Chipre, Argélia e Croácia.
A candidatura envolve outros ministérios, além do MAMAOT, nomeadamente o da Saúde, e também a secretaria de Estado da Cultura, e conta com algumas dezenas de parceiros, entre os quais organizações de promoção da saúde, de desenvolvimento local e de agricultores.
Na cerimónia de quarta-feira, no salão nobre do parlamento, participam a embaixadora Ana Martinho, presidente da Comissão Nacional da Unesco, Manuel Carrageta, da Fundação Portuguesa de Cardiologia, António Peres, do Movimento Mulheres de Vermelho, e ainda Vítor Barros, da Comissão interministerial.
Usarão ainda da palavra Jorge Botelho, presidente da Câmara de Tavira, e Assunção Cristas, ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território.
Esta apresentação visa “dar visibilidade à candidatura”, segundo comunicado do gabinete de informação e imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que tutela a comissão nacional da UNESCO.
“Apresentou-se a candidatura em março do ano passado na Unesco, em Paris. Acontece que nunca foi praticamente publicitada entre nós. Assim, a cerimónia a ter lugar na Assembleia da República, na quarta-feira, 22 de maio, tem como objetivo dar visibilidade à candidatura”, lê-se no comunicado enviado à agência Lusa.
No mesmo texto, esclarece-se que “é na Assembleia da República, pois esta aprovou por unanimidade uma resolução de apoio à candidatura”.
No dia 28 de março, o parlamento manifestou unanimidade relativamente ao projeto de resolução do CDS-PP, de apoio à candidatura de Portugal para a inclusão da dieta mediterrânica na lista de património imaterial da Humanidade.
No comunicado de março do ano passado, o Ministério de Assunção Cristas salientava que era “de grande importância o reconhecimento da dieta mediterrânica pela Unesco”.
“Enquanto produtores de alimentos mediterrânicos, esse reconhecimento terá um importante efeito na valorização dos nossos produtos, com benefícios para a saúde, o turismo, a economia e a gastronomia do país”, sublinhava o mesmo texto.
Caso a candidatura seja aprovada, Portugal, Chipre, Argélia e Croácia juntam-se à Grécia, Espanha, Itália e Marrocos, quatro países que viram inscritas, em novembro de 2010, as suas dietas mediterrânicas na lista do património imaterial da UNESCO.
Lusa