Os investigadores espanhóis, integrados numa equipa internacional de 30 cientistas, descobriram que quem tem o gene FTO, que faz aumentar o peso corporal, responde da mesma maneira que o resto das pessoas à dieta, ao exercício e aos medicamentos para perder peso, afirmou na sua página na internet a universidade baseada na cidade de Pamplona.

"A genética não faz diferença", afirmou a professora de Fisiologia Amelia Martí, uma vez que "ambos os perfis responderam igualmente bem às estratégias para perder peso", significando que o estilo de vida, sobre o qual as pessoas podem ter controlo, é mais importante para determinar o peso que se tem.

"Conseguimos comprovar que, depois de uma intervenção para perda de peso, não houve nenhuma diferença no índice de massa corporal, circunferência da cintura ou quilos perdidos entre os participantes com propensão genética e os outros", declarou.

Saiba mais15 alimentos que ativam o seu gene magro

Veja ainda10 bombas calóricas que estão a arruinar a sua dieta

Leia também: 10 desportos mais completos e saudáveis

A origem étnica, sexo, índice de massa corporal inicial ou idade também não tiveram influência nos resultados. A investigação, em que participaram cientistas de 11 países, foi publicada no British Medical Journal, do Reino Unido, e nele se compilaram dados de 11 estudos, abrangendo cerca de 10.000 pessoas.

A especialista em obesidade defendeu que deve haver "estratégias mais eficazes para prevenir e lidar" com a obesidade e o excesso de peso, que afetam "mais de 2.000 milhões de adultos".

O problema deve ser combatido com "a melhoria dos hábitos de vida, a aquisição de padrões de alimentação saudável, como a dieta mediterrânica, e a atividade física", advogou. "Todos esses fatores em conjunto são eficazes para perder peso de forma sustentada, independentemente dos genes", sublinhou.