“A ampla falta de diagnóstico e falta de tratamento para as fracturas vertebrais deixa milhões de pessoas à volta do mundo com uma dor crónica, deformidade, incapacidade e com um risco elevado de ter fracturas na coluna no futuro” diz o Professor John Kanis, Presidente da International Osteoporosis Foundation (IOF).

Até dois terços das fracturas vertebrais não são reconhecidas pelos médicos. Quando não tratada, cada mulher com uma fractura na coluna sofrerá de outra fractura vertebral nos 12 meses seguintes.

“Os médicos devem procurar evidências de fracturas na coluna, especialmente naqueles pacientes acima dos 50 anos – marreca, perda de altura e súbita dor intensa são os três sinais principais, afirma o Professor Genant.

“É essencial que os médicos encaminhem estes doentes para a realização de mais testes e que a radiologia identifique de uma forma clara as fracturas da coluna como “fracturada” para evitar qualquer ambiguidade.”

Correntemente, só cerca de 40% das mulheres idosas com fracturas na coluna visíveis no raio-X são testadas para a osteoporose. Este número é ainda menor nos homens (menos de 20%) ”.

A IOF insiste com os profissionais da área de saúde e com o público para reconhecer os sinais das fracturas da coluna. As repercussões destas fracturas podem ser severas, resultando numa inclinação do corpo para a frente, e uma dor aguda e crónica, perda de altura, imobilidade, depressão, número de repouso total aumentado, função pulmonar reduzida e até morte prematura.

“The Breaking Spine”, da autoria do Professor Harry K. Genant da Universidade da Califórnia e Dra. Mary Bouxsein da Faculdade de Medicina de Harvard, revela o grave impacto das fracturas vertebrais e convida os profissionais da área da saúde a tomarem medidas para diagnosticar os doentes e encaminhá-los para o tratamento adequado.

Globalmente, as fracturas da coluna representam um enorme encargo socioeconómico. É estimado que a cada 22 segundos no mundo ocorre uma fractura na coluna. Os estudos revelam que 20 a 25% das mulheres de raça branca e homens acima dos 50 têm actualmente uma fractura na coluna. Prevê-se que os custos associados a todas as fracturas osteoporáticas vão aumentar de forma marcante nas próximas décadas, com o envelhecimento da população.

Sobre a Fundação Internacional de Osteoporose
A International Osteoporosis Foudation (IOF) é uma organização não governamental e sem fins lucrativos, dedicada à luta mundial contra a osteoporose, doença conhecida como “a epidemia silenciosa”. Os membros da IOF – comités de investigadores científicos, doentes, associações médicas e de investigadores, e representantes de indústria de todo o mundo – partilham uma visão global dum mundo sem fracturas osteoporóticas. A IOF representa actualmente 195 sociedades em 93 localidades à volta do mundo.

Mais informação em:
www.iofbonehealth.org

2010-10-18