Os dados do Sistema de Vigilância Diária de Mortalidade apontam para uma subida abrupta da mortalidade a 18 de junho, dia em que foram declaradas as mortes do incêndio mais mortal alguma vez registado em Portugal. Ainda assim, as 64 vítimas das chamas de Pedrogão Grande não explicam o crescimento da mortalidade em Portugal na sua totalidade.

No dia 18 de junho registaram-se mais 107 mortes que no mesmo dia do ano anterior; a 19 de junho mais 118; e a 20 de junho mais 70. A 21 e 22 de junho, os números da mortalidade já se aproximaram do normal para a época do ano.

À TSF, a subdiretora-geral de saúde, Graça Freitas, confirma que o aumento do calor fez aumentar um pouco a mortalidade, mas desdramatiza. A responsável explica que estas subidas são normais quando há calor extremo.

A DGS confirma ainda que a maioria destas mortes atingiram cidadãos idosos, com mais de 75 anos, e pessoas com várias complicações de saúde.