3 de junho de 2014 - 11h50

Cerca de três dezenas de pessoas concentraram-se hoje junto ao Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, numa ação de protesto contra o encerramento do serviço de cirurgia cardiotorácica da unidade.

Em declarações à agência Lusa, Ana Amaral, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, considerou inadmissível a intenção do Governo de retirar valências aos hospitais públicos, recordando uma portaria publicada em abril que reclassifica as unidades de saúde.

No caso do Santa Cruz, lembrou, prevê-se que perca os serviços de cirurgia cardiotorácica e cardiologia pediátrica.

“Estão a destruir o Serviço Nacional de Saúde”, declarou a sindicalista, enquanto os manifestantes gritavam: “A saúde é um direito, não é um negócio”.

“Macedo escuta, a saúde está em luta” ou “não à destruição do SNS” foram algumas das frases repetidas durante a ação de protesto.

Isabel Barbosa, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), disse à Lusa que a apreensão é o sentimento dominante entre os profissionais de saúde que trabalham no Santa Cruz.

“Há uma grande apreensão, sobretudo temendo pelo futuro dos utentes”, afirmou, frisando que as valências que estes hospitais perderá são “de extrema importância e de alta qualidade”.

Ações de protesto contra a portaria que reclassifica os hospitais públicos têm-se repetido desde que o diploma foi publicado, nomeadamente junto ao Ministério da Saúde.

Esta intenção do Governo motivou ainda uma petição 'on line' que reuniu alguns milhares de assinaturas.

Por Lusa