13 de maio de 2014 - 09h21
Uma segunda pessoa foi infetada nos Estados Unidos com o coronavírus da Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS), informaram hoje as autoridades de saúde federais.
O doente, um funcionário dos serviços médicos, que adoeceu depois de regressar da Arábia Saudita, onde reside e trabalha, foi hospitalizado na quinta-feira na Florida, onde se deslocou para visitar a família, e está a reagir bem, segundo os Centros para a Prevenção e Controlo de Doenças norte-americanos.
Os EUA anunciaram o seu primeiro caso de infeção a 02 de maio, num outro profissional de saúde, que tinha viajado para a Arábia Saudita no fim de abril.
O paciente recebeu alta hospitalar no sábado.

Origem do vírus permanece desconhecida
O vírus da MERS, detetado pela primeira vez na Arábia Saudita, em 2012, foi já confirmado num total de 16 países.
As autoridades de saúde desconhecem a origem do coronavírus da Síndrome Respiratória do Médio Oriente e o modo como se propaga, mas os casos reportados até à data são provenientes de seis países da Península Arábica.
A Jordânia anunciou hoje a quinta morte devido à MERS. De todos os países atingidos pela infeção, a Arábia Saudita é o mais afetado, com 483 doentes e 142 óbitos.
A Organização Mundial de Saúde convocou uma reunião de emergência para terça-feira e aponta 536 casos confirmados no mundo e 145 mortes, de acordo com o seu mais recente balanço, divulgado na sexta-feira.
Egito, França, Reino Unido e Líbano são outros dos países que também reportaram infeções.
O coronavírus da MERS é considerado um "primo", mais mortal, mas menos contagioso, do vírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave, que fez perto de 800 mortos no mundo, em 2003.

Tanto um vírus como o outro provocam infeção nos pulmões, sendo que os principais sintomas são febre, tosse e dificuldades respiratórias.
O coronavírus da Síndrome Respiratória do Médio Oriente causa ainda insuficiência renal.
Não existe, neste momento, qualquer vacina ou antivírus contra a MERS, com uma taxa de mortalidade superior a 40 por cento.
Contudo, recentemente, investigadores norte-americanos anunciaram a identificação de anticorpos humanos eficazes contra o coronavírus da Síndrome Respiratória do Médio Oriente, abrindo a via a possíveis tratamentos contra a doença infeciosa.
Por Lusa