Os relatórios dos primeiros dois trimestres de 2016 do Sistema Nacional de farmacovigilância indicam que nos primeiros três meses do ano foram registadas 1.229 RAM e 1.373 nos três meses seguintes, num total de 2.602 reações.

O maior número de RAM foram notificadas via indústria (1.332): no primeiro trimestre 611 e no segundo 721. As notificações diretas de profissionais de saúde e utentes atingiram as 618 no primeiro trimestre e 652 nos três meses que se seguiram. Do total de RAM, 2.170 foram graves.

Em relação ao tipo de RAM, estas foram mais significativas ao nível das perturbações gerais e alterações no local de administração. Seguiram-se as alterações na pele e ao nível subcutâneo, no sistema gastrenterológico e perturbações no sistema nervoso e respiratório.

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Em relação aos dados mais recentes, referentes ao segundo trimestre deste ano, o Infarmed refere que, das 652 notificações por via direta (profissionais de saúde e utentes), a região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que notificou mais RAM graves (40 por cento), seguindo-se a do Norte (36 por cento) e do Centro (17 por cento).

Do Sul chegaram ao Infarmed cinco por cento das RAM graves e um por cento das ilhas.

Sobre os notificadores, das 652 RAM registadas no segundo trimestre deste ano, 83 (13 por cento) chegaram ao regulador através do utente.

Os médicos foram quem mais notificações de RAM efetuaram (278), seguindo-se-lhes os farmacêuticos (215), os enfermeiros (72) e outros profissionais de saúde (quatro).

No caso dos médicos, os especialistas em medicina interna foram os que mais notificações de RAM efetuaram (85). Seguiu-se a área da imunoalergologia (60), a medicina geral e familiar (29) e a gastrenterologia (21) e as doenças infeciosas (15), entre outros.

Com Lusa