21 de junho de 2013 - 11h59
A despesa corrente em saúde voltou a diminuir significativamente no ano passado, com uma quebra de 5,5%, depois de já ter registado uma evolução negativa em 2011, segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com a Conta Satélite da Saúde do INE, a despesa corrente em saúde em 2012 estima-se que tenha sido de 15.828 milhões de euros, correspondendo a 9,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
Isto corresponde a uma diminuição de 5,5% em relação à despesa corrente de 2011, que atingiu os 16.536 milhões de euros.
“Em 2011 e 2012, a despesa corrente em saúde diminuiu a um ritmo muito superior ao do PIB”, refere o documento do INE, destacando que a partir de 2010 a despesa em saúde inverteu a tendência de crescimento.
A evolução negativa da despesa deveu-se sobretudo ao “decréscimo acentuado da despesa corrente pública, que atingiu 8,4% em 2011 e 9,7% em 2012”, indica a Conta Satélite da Saúde.
No ano passado, o INE estima que a despesa corrente do Serviço Nacional de Saúde (SNS) tenha decrescido 7,3%, refletindo medidas como a diminuição das despesas com pessoas e com consumos intermédios (como medicamentos e meios auxiliares de diagnóstico).
Numa comparação entre a despesa pública e privada na área da saúde, o peso dos agentes públicos tem vindo a diminuir consecutivamente desde 2009 e a “perder importância face à despesa corrente privada”.
Entre 2007 e 2012, a despesa privada em saúde apresentou uma taxa de crescimento médio anual de 2,7%, enquanto a pública decresceu em média 1,6%.
Lusa