O ministro da Saúde adiantou no Parlamento ter encontrado um saldo negativo no Serviço Nacional de Saúde (SNS) de 260 milhões de euros, relativo a 2015, superior ao anunciado pelo anterior Governo que previa um défice de 30 milhões.

Nos últimos anos, os dados do Programa Orçamental da Saúde apontavam para uma diminuição progressiva do défice do SNS: se em 2010 o valor ascendia a cerca de 800 milhões de euros, depois foi caindo até 250 milhões de euros em 2014, mas o que estava previsto para 2015 era um "buraco" de apenas 30,2 milhões de euros, escreve o jornal Público.

A síntese divulgada esta semana pela Direção-Geral do Orçamento (DGO) confirma também que o défice do SNS em 2015 foi mesmo superior ao do ano anterior, totalizando 259,4 milhões de euros.

O aumento da despesa ficou a dever-se, em parte, às comparticipações de produtos farmacêuticos, sobretudo à introdução de novos medicamentos para a hepatite C, lê-se no documento da DGO.

No parlamento, Adalberto Campos Fernandes admitiu ainda que a reposição das 35 horas de trabalho semanais deverá implicar um aumento da despesa e reconheceu que será necessário contratar mais profissionais de saúde em 2016.