A alteração no gene já tinha sido identificada como um fator de predisposição para o cancro do ovário, mas esta é a primeira vez que o risco é quantificado cientificamente, segundo um estudo publicado no Jornal do Instituto Americano do Cancro (JNCI).

"Cerca de 18 mulheres em cada mil desenvolvem cancro do ovário, mas este fator aumenta esse risco para 58 em cada mil mulheres com essa anomalia", destacam os especialistas britânicos.

Este tipo de patologia é difícil de diagnosticar porque geralmente não provoca sintomas até ser detetada em estado já avançado. O cancro do ovário é o mais fatal dos tumores ginecológicos.

Este tipo de tumor mata cerca de 150 mil pessoas por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O estudo publicado nesta terça-feira compara os genes de mais de 8 mil mulheres europeias,  compreendendo um grupo de pacientes, um grupo em bom estado de saúde e um grupo com antecedentes familiares de cancro de ovário.

"Recensear estas mulheres [com mutação do gene] contribuirá para prevenir mais casos e salvar vidas", assinala o grupo de investigadores.