18 de setembro de 2013 - 13h23
A crise financeira de 2008 provocou um aumento notável dos suicídios em vários países da Europa e da América, principalmente entre pessoas do sexo masculino, segundo um estudo divulgado esta quarta-feira pelo British Journal of Medicine.
Segundo os investigadores, em 2009 houve 4.884 suicídios a mais do que o esperado, segundo a tendência projetada antes da crise.
Em nove países de América Central, Caribe e México, a quantidade de suicídios foi 6,4% superior, mas o aumento limitou-se a 1,3% na América do Sul, onde os economistas dizem que o impacto da crise foi menor, em parte devido ao aumento dos preços das matérias-primas.
Entre os homens europeus, houve um aumento de 11,7% dos suicídios nos jovens entre 15 e 24 anos. Na América, o maior aumento (5,2%) ocorreu junto de homens com idade compreendidas entre os 45 e os 64 anos.
"Depois da crise económica de 2008, verificou-se um aumento das taxas de suicídio em países europeus e norte-americanos, sobretudo em setores e países onde houve muita perda de postos de trabalho", disseram os pesquisadores.
Nos EUA, o desemprego começou a aumentar em 2008 e quase duplicou no ano seguinte. O desemprego aumentou fortemente em vários países da América Central, ao contrário da América do Sul.

SAPO Saúde com AFP