Investigadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, observaram que o consumo de uma porção diária de 16 gramas de cereais integrais reduzia em 7% o risco de morte em geral, incluindo uma queda de 9% do risco de morte por doença cardíaca e de 5% do risco de morte por cancro.

Aumentando o consumo de grãos integrais para três porções diárias, ou 48 gramas, o risco de morte caiu 20%, incluindo uma diminuição de 25% do risco de morte por doença cardíaca e de 14% do risco de morte por cancro.

Para a investigação, os cientistas analisaram resultados de 12 estudos realizados entre 1970 e 2010 nos Estados Unidos, no Reino Unido e nos países escandinavos, envolvendo 786.076 homens e mulheres.

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"Estes resultados apoiam ainda mais as orientações alimentares atuais, que recomendam pelo menos três porções diárias (ou 48 gramas) de grãos integrais para melhorar a saúde a longo prazo e evitar a morte prematura", disse o autor principal do estudo, Qi Sun, do Departamento de Nutrição da Universidade de Harvard, em comunicado.

O investigador alerta ainda para as dietas populares de baixa ingestão de hidratos de carbono, que ignoram os benefícios dos grãos integrais, dizendo que estas deveriam ser "adotadas com cautela" porque podem estar associadas a um maior risco de doença cardíaca e morte.

Os cereais integrais incluem alimentos como trigo integral, aveia, arroz integral e quinoa. Estes contêm fibras, que podem melhorar os níveis de colesterol e diminuir o risco de doença cardíaca, acidente vascular cerebral, obesidade e diabetes do tipo 2.

Os grãos integrais também fornecem nutrientes como vitamina B e minerais que são perdidos durante o processo de refinação.

A Associação Americana do Coração recomenda uma dieta rica em frutas e legumes e diz que pelo menos metade dos grãos ingeridos devem ser integrais.

Entre os participantes dos estudos analisados, houve um total de 97.867 mortes, incluindo 23.597 mortes por doenças cardiovasculares e 37.492 mortes por cancro.