A apanha e comercialização de mexilhões, amêijoa-branca e outros bivalves está proibida desde ontem em várias regiões do país por terem sido detetadas substâncias tóxicas naqueles moluscos, de acordo com uma nota oficial.

A interdição é solicitada numa carta do Instituto Nacional de Recursos Biológicos enviada para o diretor-geral da Autoridade Marítima, em que são referidos “resultados positivos” de biotoxinas DSP em análises que são feitas regularmente aos bivalves apanhados para comercialização.

As zonas onde é proibida a apanha de mexilhão situam-se todas a norte da foz de rio Tejo e incluem as faixas litorais entre Caminha e Matosinhos, Ria de Aveiro e litoral entre Peniche e Lisboa.

A ameijoa-branca não pode ser apanhada no litoral de Matosinhos, abrangido pelas Capitanias do Douro e Leixões, enquanto no Estuário do Mondego (Figueira da Foz) a interdição recai sobre a lambujinha.

Na ria de Aveiro a proibição é extensiva a todos os bivalves.

O consumo de moluscos contaminados com biotoxinas DSP causa diarreira, vómitos e dores intestinais e surge nas primeiras 24 horas após a ingestão, podendo-se prolongar por três dias, de acordo com o Instituto de Investigação das Pescas e do Mar (IPIMAR).

A intoxicação nos bivalves é comum entre a primavera e o outono, mas costuma ocorrer com mais frequência nos meses de verão, ainda segundo aquele organismo público.

A nota que decreta a interdição não indica até quando se manterá a proibição de apanhar e comercializar aquelas espécies.

06 de setembro de 2011

Fonte: Lusa