De acordo com uma nota da OMS, o caso, envolvendo um trabalhador chinês de 45 anos em Luanda, foi confirmado pela China Center for Disease Prevention and Control (China CDC), que o notificou a agência das Nações Unidas em 23 de julho.

Os primeiros sintomas da doença, que pode ser fatal para humanos e animais, começaram em 14 de julho, ainda em Luanda - de onde o homem não terá saído durante a presença em Angola, refere a mesma informação -, incluíram dores de cabeça, febre e dores musculares, que permaneceram e levaram ao seu regresso à China, ao fim de uma semana.

"Quando chegou a Pequim já estava em situação grave e foi transferido para um hospital especializado para ser tratado, sendo colocado sob quarentena", refere a OMS, acrescentando tratar-se do primeiro caso desta doença importado pela China.

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"O paciente está atualmente em estado grave", diz a OMS, referindo-se à situação a 02 de agosto.

O Governo chinês lançou entretanto um plano de vigilância e controlo da doença enquanto em Angola está em curso uma investigação ao caso pelo Ministério da Saúde, com o apoio da OMS.

Segundo a OMS, a Febre de Rift Valley é uma doença viral que afeta sobretudo animais (gado), identificada pela primeira vez no Quénia em 1931, que pode afetar humanos pelo contacto direto ou indireto com o sangue ou órgãos infetados. Pode ser transmitida ainda pela picada de mosquitos infetados, não havendo, segundo a OMS, nenhum caso documentado de transmissão humana do vírus até à data.

Angola enfrentou no primeiro semestre deste ano epidemias de malária e de febre-amarela, igualmente transmitidas pela picada de mosquitos. No caso da febre-amarela, a OMS confirmou a exportação de casos de Angola para a China.

Com Lusa