“O programa funcional já está elaborado e contamos lançar o mais breve possível, nos próximos meses, o concurso para as obras de construção”, disse a presidente da Associação de Paralisia Cerebral de São Miguel (APCSM), Teresa Costa, em declarações à agência Lusa, frisando ser uma prioridade a criação deste centro de reabilitação, uma nova estrutura que vai aumentar a capacidade de resposta e alargar a intervenção em várias áreas.

O Centro de Paralisia Cerebral de São Miguel será construído, em São Gonçalo, na freguesia de São Pedro, depois de o Governo dos Açores ter doado recentemente dois prédios rústicos à Associação que dá apoio direto a 33 utentes com paralisia cerebral e famílias.

De acordo com a responsável, após a conclusão de todo o processo de adjudicação da obra, a ideia é avançar o quanto antes com o arranque das obras, frisando a importância de se criar uma valência do género nos Açores.

Teresa Costa disse que existem 11 utentes em lista de espera na Associação, acrescentando que o novo centro de reabilitação vai "aumentar a capacidade de resposta, em termos de recursos físicos e humanos", e alargar a intervenção em áreas em falta, como a hidroterapia, uma atividade terapêutica que permite a realização de exercícios dentro de uma piscina.

“No fundo, é um trabalho que qualquer centro de paralisia cerebral faz noutras regiões do país, desde que as crianças nascem e durante toda a sua vida de adulto. É acompanhá-los sempre neste processo de desenvolvimento dia a dia para que sejam o mais autónomos possíveis e dotá-los de ferramentas necessárias para a inserção no mercado de trabalho”, explicou Teresa Costa.

Criada em 2005, a Associação de Paralisia Cerebral de São Miguel intervém diretamente junto das crianças e jovens com paralisia cerebral e outras situações neurológicas, com uma equipa multidisciplinar que trabalha nas áreas da fisioterapia, terapia da fala, terapia ocupacional e psicologia, dispondo ainda de uma ludoteca e um centro de atividades ocupacionais.

A APCSM foi fundada em maio de 2005 por um grupo de pais, técnicos e amigos de crianças com paralisia cerebral, tendo sido registada em janeiro de 2007 como Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS).