“Neste momento está reunida a comissão (…), temos de ter uma opinião técnica fundamentada”, afirmou o titular da pasta da Saúde do executivo madeirense, Manuel Brito.

Segundo adiantou o responsável, estão duas questões em análise: “se é ou não necessário um novo hospital e as alternativas [de localização] que há, nomeadamente a de Santa Rita”, que surgiu no anterior Governo Regional, mas foi depois afastada devido a dificuldades financeiras.

A construção de um novo hospital no Funchal tem sido uma reivindicação dos partidos da oposição e foi uma das promessas eleitorais do novo presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque.

O anterior executivo desencadeou o processo para a sua edificação na zona de Santa Rita, elaborou o projeto e efetuou mesmo expropriações, mas acabou por abandonar a ideia devido à situação financeira, optando por ampliar a atual unidade hospitalar.

Manuel Brito falava no decorrer da Semana de Prevenção e Controlo da Infeção e Resistência aos Antimicrobianos, que vai reunir, durante quatro dias, profissionais de saúde no hospital do Funchal, e defendeu ser necessário o envolvimento de todos neste projeto.

O responsável realçou que a sua equipa tem “uma estratégia para a saúde para os próximos quatro anos”, que será primeiro apresentada na Assembleia Legislativa da Madeira, incluída no programa do Governo Regional, cuja divulgação está prevista para 20 de maio.

Defendendo que “de nada servirá" se não houver diálogo, o secretário regional assumiu o compromisso de apresentar os objetivos traçados em reuniões setoriais, referindo que o projeto, embora tenha uma “orientação clara, não está fechado” e “muitas alternativas virão dos profissionais de saúde”.

À margem da iniciativa, Manuel Brito referiu ainda que o novo conselho de administração do Serviço Regional de Saúde (SESARAM), presidido por Lígia Correia, evidencia um “reforço do poder de decisão da governação clínica”, argumentando que, pela primeira vez, integra o diretor clínico e a enfermeira diretora.

O secretário defendeu que a gestão financeira do SESARAM tem de “ter um certo rigor”, mas precisa ser também “flexível e sensível aos problemas da saúde”, o que, no seu entender é necessário para “recentrar a vocação, que é tratar bem os doentes” no hospital e nos centros de saúde.

“Pretendemos é que haja uma gestão financeira o mais rigorosa possível, mas mais flexível (…). É obrigatório que esta casa se comprometa a tratar bem os doentes”, vincou Manuel Brito.