Segundo a Ordem dos Médicos (OM), Gentil Martins, médico, ex-professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Lisboa e antigo bastonário da OM, foi esta terça-feiro escolhido como vencedor da segunda edição do prémio Miller Guerra de Carreira Médica, a primeira dedicada à carreira hospitalar.

Gentil Martins, 84 anos, é especialista em cirurgia pediátrica e cirurgia plástica, sendo autor de várias técnicas cirúrgicas inovadoras

O júri do prémio escolheu Gentil Martins pela sua “carreira exemplar dedicada ao serviço dos doentes e ao progresso da assistência médica em Portugal, não só na sua vertente tecnológica mas também, e sobretudo, pela prática humanista no exercício da medicina, como era apanágio de Miller Guerra”, de acordo com uma nota da Ordem.

Instituído pela Fundação Merck Sharp Dohme e pela OM, esta é a segunda edição do prémio, no valor de 50 mil euros, e que em 2013, na primeira edição, consagrada à medicina familiar, escolheu Mário Moura, clínico geral que se dedicou à medicina familiar e clínica geral em Setúbal.

Nesta segunda edição, das 18 candidaturas apresentadas, a de Gentil Martins foi para o júri a que melhor se adequava ao espírito do prémio para a carreira hospitalar.

O júri foi composto pelo bastonário da Ordem, José Manuel Silva, pelo presidente da Fundação Merck Sharp Dohme, Toscano Rico, pelos presidentes das secções regionais do Norte, Centro e Sul da Ordem e por um outro membro da direção da Fundação Merck Sharp Dohme.

O antigo ministro da Saúde António Correia de Campos foi o membro escolhido pela Fundação para representar a sociedade civil.

O júri contou também com um membro médico da comunidade académica indicado pelo Conselho de Reitores e com os presidentes da Associação dos Médicos de Medicina Geral e Familiar e da Associação dos Médicos de Carreira Hospitalar.

O galardão será entregue a Gentil Martins numa cerimónia, na próxima terça-feira, na sede da Ordem dos Médicos, em Lisboa, que contará com a presença do ministro da Saúde.

Este prémio deve o seu nome ao médico e professor Miller Guerra, neurologista e discípulo de Egas Moniz, que foi responsável pelo Relatório das Carreiras Médicas, publicado em 1961, que esteve na génese das atuais carreiras médicas. Segundo a Ordem, “contribuiu para um progresso decisivo na formação técnico-científica dos médicos e na qualidade dos cuidados de saúde em Portugal”.