O braço robótico, especificamente concebido para cirurgias minimamente invasivas, também é capaz de lidar com órgãos moles sem os danificar. Parte do braço pode segurar num órgão enquanto que a outra opera a partir da monitorização de especialistas.

O "braço polvo" é composto por dois módulos idênticos conectados, divididos em três câmaras cilíndricas que podem ser conduzidas separadamente.

"O polvo não tem uma espinha dorsal rígida e adapta a forma de seu corpo ao ambiente", explica Tommaso Ranzani, principal autor do estudo. O objetivo: permitir que a cirurgia possa aceder a partes estreitas do abdómen ou outras pequenas partes do corpo, escreve a agência France Presse.

Tal como o octópode, o robô consegue alterar a rigidez do braço, revela o estudo dos investigadores da Escola Superior Sant'Anna, em Pisa, onde este objeto foi criado. 

O dispositivo pode reduzir o número de instrumentos necessários para uma intervenção e, portanto, o número de incisões.

"Um único procedimento cirúrgico muitas vezes requer o uso de vários instrumentos como fórceps, afastadores, sistemas de visão e dissectores", explicou Tommaso Ranzani. "Acreditamos que nosso robô é o primeiro passo para a criação de um único instrumento capaz de realizar todas essas tarefas ao mesmo tempo mantendo os órgãos protegidos".

Os testes mostram que o braço do robô pode ser dobrado até um ângulo de 255 graus, e que se estende até 62% do seu comprimento original.

A sua rigidez pode ser aumentada de 60 a 200%.