A explicação está na misofonia, uma condição identificada em 2001, caracterizada pela intolerância a determinados tipos de sons do quotidiano (como comer, respirar ou mascar pastilha elástica) mas que só agora foi associada à neurologia, informa a BBC.

O estudo, publicado na revista científica Current Biology, analisou ressonâncias magnéticas de 20 pessoas com misofonia e de outras 22 pessoas sem o problema.

Os voluntários tiveram de ouvir diversos barulhos enquanto permaneciam ligados ao equipamento de ressonância magnética. Durante esse período foram sujeitos a sons neutros, como a chuva, sons mais incomodativos, como gritos, e sons que ativavam a doença.

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As imagens de raio-X revelaram que as pessoas que sofrem daquele transtorno têm uma falha no mecanismo de controlo emocional que estimula o cérebro assim que começam a ouvir os referidos sons, provocando aumentos do batimento cardíaco e até suor.

"Para muitas pessoas com misofonia, isto será uma boa notícia, pois pela primeira vez é considerada uma diferença estrutural no cérebro dos pacientes", comenta Sukhbinder Kumar, do Instituto de Neurociências da Universidade de Newcastle e do Wellcome Center for NeuroImaging da Universidade College de Londres.

"O estudo mostra as mudanças críticas no cérebro como evidência para convencer uma comunidade médica cética de que esta é uma desordem genuína", acrescenta.