Investigadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos da América, conseguiram transformar células cancerígenas em glóbulos brancos, protetores do organismo. A experiência foi realizada em laboratório com células que estão na origem de um subtipo especialmente agressivo de leucemia linfoblástica aguda, um tipo de cancro em que as células do sistema imunitário degeneram, tornando-se malignas. Para o conseguir, os investigadores focaram-se no mecanismo que está na origem das células malignas, um bloqueio que as impede de amadurecerem corretamente e de se tornarem glóbulos brancos, conseguindo trazê-las novamente para o lado do bem.

Para alcançar esse objetivo, recorreram a proteínas específicas que se ligam a sequências-chave do ADN dessas células. A próxima etapa será a realização de testes com animais e a simplificação do processo para futura aplicação em humanos. Em 2011, um grupo de investigadores do Instituto de Medicina Molecular (IMM), em Lisboa, descobriu o mecanismo molecular envolvido no aparecimento de leucemia linfoblástica aguda de células T (LLA-T), um cancro do sangue especialmente frequente em crianças que se caracteriza por um aumento descontrolado do número de glóbulos brancos no organismo.