As moléculas usadas nos testes de laboratório da Mayo Clinic, nos Estados Unidos, conseguiram travar o crescimento do cancro. Os cientistas esperam agora que esse novo mecanismo possa ser usado em todos os tipos de tumores.

No entanto, apesar de os primeiros testes em laboratório parecerem promissores, ainda não é claro se esta técnica vai ajudar no tratamento de pessoas portadoras da doença.

O estudo foi publicado na revista especializada Nature Cell Biology.

A investigação da Mayo Clinic junta dois ramos da investigação científica: a aderência entre células e a biologia do microRNA (também conhecido como miRNA), indica a BBC.

Os cientistas pensavam que as moléculas de adesão eram simplesmente a matéria que mantém as células juntas. Mas descobriu-se que elas também podem ter um papel de sinalização. Ou seja, o trabalho da Mayo Clinic mostrou que as moléculas de adesão conectam células e também emitem sinais através dos miRNAs para controlar o crescimento das células tumorais.

Se esse processo ficar desregulado, as células crescem descontroladamente, o que pode impulsionar o alastramento do tumor. Porém, reabastecer as células com miRNAs pode solucionar esse problema.

"Ao ministrar os miRNAs afetados em células tumorais para restaurar os níveis normais, devemos ser capazes de restabelecer a função normal das células", disse Panos Anastasiadis, que liderou a investigação conduzida em ratinhos de laboratório.