O dinheiro do prémio - dez mil euros - vai ser doado à Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, onde, a par do Centro de Doenças Crónicas da Universidade Nova de Lisboa, a investigadora está a fazer o seu pós-doutoramento.

Joana Gaspar explicou à agência Lusa que a linha de investigação consiste em perceber como é que, após uma refeição, "o organismo é capaz de aumentar a sensibilidade à insulina", hormona responsável pela redução do açúcar no sangue.

Segundo a investigadora, o metabolismo da insulina, ao nível do fígado, leva, após a ingestão de alimentos, "à produção de outras moléculas, que podem ou não derivar da degradação da insulina".

As moléculas, juntamente com a insulina, vão "atuar nos tecidos periféricos, nomeadamente no músculo, no rim e no coração, e vão aumentar a sensibilidade à insulina, promovendo a captação da glucose e a regulação dos níveis de glucose", defendeu.

A investigação, para a qual são esperados resultados preliminares dentro de um ano, inclui experiências com ratinhos e com pessoas saudáveis que têm irmãos com diabetes tipo2, e por isso em risco de virem a contrair a doença.