Os cérebros modernos necessitam de exercício. Segundo investigadores da Universidade do Arizona, nos EUA, ao longo dos séculos, este órgão foi evoluindo de modo a ter de precisar da prática desportiva, uma situação que, em função da utilização que dele fazemos nos dias de hoje, se mantém. Nas últimas décadas, muitas investigações vieram garantir que a prática desportiva tem efeitos benéficos na saúde mental dos humanos.

Os especialistas sugerem agora que a relação entre o cérebro e a prática de exercício é um produto da nossa história evolutiva e do nosso passado de caçadores-recoletores. «A nossa psicologia evoluiu para responder ao aumento nos níveis de atividade física e, em função disso, as adaptações psicológicas geradas a partir dos nossos ossos e dos nossos músculos acabaram por ter impacto no nosso cérebro», afirma Gene Alexander.

«Do mesmo modo que, quando pratica exercício, o seu sistema cardiovascular se adapta para aumentar a sua capacidade, passa-se o mesmo com o cérebro. As pessoas sedentárias, que não exigem nenhum esforço suplementar do seu sistema, fazem com que o corpo reduza as suas capacidades. Um cérebro que não é estimulado tende a diminuir», assegura o psicólogo, um dos autores do estudo agora divulgado.

Texto: Luis Batista Gonçalves