“Em mais de 90% dos casos, a origem do mau hálito é intraoral, ou seja, surge no interior da boca. No entanto, a causa do mau hálito pode também dever-se a doenças sistémicas e metabólicas, medicação prolongada e/ou dietas inadequadas. Uma higiene oral deficitária, com acumulação de placa bacteriana sobretudo no dorso da língua, dentes e próteses dentárias, cáries, doenças gengivais e insuficiente produção de saliva (fluxo salivar diminuído) são outras das causas”, refere João Caramês, fundador e diretor do Instituto de Implantologia.

Por causar desconforto, o mau hálito tem grande impacto na qualidade de vida podendo estar na origem de alterações comportamentais, com repercussões nas relações sociais, afetivas e profissionais, levando ao constrangimento e isolamento social.

Dada a origem diversificada, o diagnóstico da halitose é complexo e deve ser realizado pelo médico dentista. Após detetada a causa, o tratamento é específico e individualizado, sendo que, na maioria dos casos, é necessária uma abordagem multidisciplinar nas várias áreas de especialidade da Medicina Dentária, explica João Caramês.

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De acordo com o especialista, o tratamento da halitose tem como principais objetivos restabelecer a saúde gengival, periodontal e dentária, diminuindo o número de bactérias produtoras de mau odor, principalmente nas regiões do dorso da língua, sulcos e bolsas periodontais assim como neutralizar a volatilidade dos compostos responsáveis pelo mau odor.

Eliminada a halitose, é necessária a manutenção de uma correta higiene oral para o sucesso do tratamento. Além da escovagem dentária diária e da utilização de fio dentário, é fundamental o acompanhamento periódico por parte do médico dentista e higienista oral.