Em declarações à agência Lusa, o secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde disse que foram dadas instruções ainda na segunda-feira para que o maior número possível de centros de saúde alargue os seus horários de atendimento a doentes não programados.

Todos os centros de saúde que tenham condições de prolongar o horário devem fazê-lo, embora possa haver unidades que não consigam cumprir esta indicação.

“Determinámos que fosse nos dias 30, 31 e 02 de janeiro. Poderá ser alargado territorial e temporalmente, mas para já parece-nos razoável seguir este modelo”, acrescentou Fernando Leal da Costa.

O secretário de Estado lembrou que cabe a cada centro de saúde decidir e anunciar aos utentes a sua disponibilidade para alargar o horário.

“Demos uma instrução no sentido de esperar que ela seja cumprida. Espero que as administrações regionais de saúde consigam resolver da melhor forma o problema. Esperamos que os profissionais que estão nestes centros de saúde sintam que é uma hora particularmente difícil para todos aqueles que estão envolvidos no tratamento dos doentes e possam ajudar-se uns aos outros”, afirmou Leal da Costa.

No Natal, o hospital Amadora-Sintra teve esperas de 20 horas nas urgências, devido a um elevado número de doentes com patologia mais grave e à falta de clínicos escalados por razões de saúde.

Para o secretário de Estado Adjunto da Saúde, apesar do “pico excecional” registado naquele hospital, o Serviço Nacional de Saúde tem mantido “de um modo geral uma muito boa capacidade de resposta”.

O governante recomendou ainda que os utentes devem contactar a linha Saúde 24 antes de se dirigirem a uma urgência hospitalar.

Leal da Costa disse ainda que o Governo autorizou os hospitais que necessitem de reforço de equipas a contratar excecionalmente mais médicos com um valor acima do que está definido na tabela, ou seja, além dos 30 euros à hora.

“Os hospitais poderão, se necessário, contratar mais médicos, com um valor superior ao definido em tabela, que no nosso entendimento já é um valor muito razoável”, declarou.

No caso do hospital Amadora-Sintra foram já garantidos seis médicos para a urgência até ao dia 05 de janeiro, a maioria profissionais que não estavam escalados e que assegurarão a noite da passagem do ano neste hospital.