"O atendimento médico no serviço de urgência básica (SUB) de Santo Tirso é assegurado por uma equipa constituída por dois médicos, e que é reforçada por rotina por mais um elemento nos dias em que é esperada maior afluência ou de acordo com o movimento verificado", descreveu fonte ligada à administração do CHMA, em nota remetida à agência Lusa.

Em causa está uma unidade hospitalar, a de Santo Tirso, distrito do Porto, que atualmente integra o CHMA, juntamente com a unidade de Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga.

A 16 de dezembro de 2014 foi anunciada a passagem para a Santa Casa de Misericórdia, mas a 12 de dezembro do ano passado, ou seja quase com um ano de intervalo que coincidiu com trocas na tutela com o Governo PSD/CDS a ser substituído pelo PS, foi anunciado que o processo tinha sido suspenso e entregue ao Tribunal de Contas.

Críticas do sindicato

Na quarta-feira, em comunicado, o SEP considerou que a situação do hospital de Santo Tirso é "caótica", pedindo ao Governo que a resolva "rapidamente".

"O tempo para observação médica, apesar de se atravessar um período de maior procura, têm estado dentro do normal para as diversas prioridades", responderam hoje os responsáveis do CHMA.

Este sindicato avançou, também, que qualquer doente que recorra a Santo Tirso e precise de internamento tem que ir a Vila Nova de Famalicão e se aí decidirem o seu internamento, o doente é novamente reencaminhado para Santo Tirso "muitas vezes sem qualquer informação entre hospitais".

Mas o CHMA diz que "os doentes são transferidos para o serviço de urgência médico-cirúrgica (SUMC) de Famalicão, quando existe necessidade de acesso a exames ou cuidados mais diferenciados, e não por situações de decisão clínica sobre internamento".

No seu comunicado o SEP também referiu que número de enfermeiros nos serviços de internamento de Santo Tirso foi reduzido.

A este propósito, na nota de hoje, o CHMA diz que comparando o último ano (janeiro de 2015 - janeiro 2016), os enfermeiros passaram "de 110 para 109, ficando evidente que não sofreram a situação exposta".

A administração explica que essa diminuição se deveu a "um pedido de mobilidade por interesse público".