14 de março de 2013 - 14h45
O Centro de Saúde Luz Soriano, no Bairro Alto, Lisboa, vai fechar portas e passar a funcionar num novo edifício perto do Cais do Sodré, uma transferência “urgente” devido ao risco de ruírem as atuais instalações.
A decisão foi hoje confirmada à agência Lusa pelo presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), Luís Cunha Ribeiro, que, depois de uma visita ao centro de saúde, se mostrou “chocado” com as condições “degradantes” em que os utentes estão a ser atendidos.
Chão levantado, betão à mostra, paredes gastas e teto a cair compõem esse cenário no Centro de Saúde Luz Soriano, onde estão inscritos mais de nove mil utentes.
O equipamento tem quatro pisos, mas apenas o primeiro e o segundo estão a funcionar, porque os superiores tiveram de ser encerrados por perigo de caírem.
“Pedimos um relatório aos nossos engenheiros e à Proteção Civil, que confirmaram a necessidade urgente de encerrar o edifício, que está em risco de ruir e representa um grande perigo para as pessoas que aqui estão”, disse Cunha Ribeiro.
Tendo como opções distribuir os médicos e utentes pelos centros de saúde próximos ou transferir todos os serviços para um novo edifício em condições, o presidente da ARSLVT decidiu-se pela segunda e elegeu o antigo centro de assistência aos tuberculosos, inativo há mais de dois anos, junto ao Cais do Sodré, como novo espaço para o centro de saúde.
“Está em excelentes condições. Tem rede de telefones, informática, rampa para deficientes, ar condicionado, tem tudo. Precisa apenas de uma limpeza, alguma pintura e está pronto”, afirmou Cunha Ribeiro.
Para o presidente da ARSLVT, esta foi, “sem dúvida, a melhor opção”, porque vai implicar um baixo investimento, cerca de 20 mil euros, e as obras serão de curta duração, prevendo-se que esteja pronto a funcionar no final de abril.
Ciente de que os utentes do Centro de Saúde Luz Soriano são na maioria idosos que ali acorrem há vários anos e que normalmente não reagem bem às mudanças, Luís Cunha Ribeiro mostrou-se disposto a aceitar alternativas.
“Se preferirem ir para outros centros de saúde que sejam mais perto de casa, tudo bem. E se for um grupo grande, até se transfere para lá um médico. Estou aberto a todas as opções para que as pessoas se sintam bem, mas aquele centro de saúde vai mesmo fechar”, concluiu.

Lusa