Desde 07 de novembro que o atendimento complementar no centro de saúde de Vouzela se encontrava suspenso, devido à greve de auxiliares e administrativos.

Na terça-feira, os deputados do PS eleitos pelo círculo de Viseu anunciaram ter questionado o ministro da Saúde sobre este assunto.

“Acha o ministro da Saúde normal que se reduza o horário de funcionamento de um centro de saúde, já desde o início de novembro, com base numa greve, legítima, por parte dos funcionários?”, perguntaram.

Os deputados Acácio Pinto, Elza Pais e José Junqueiro lamentaram que tenha havido a saída de um médico sem que tivesse sido substituído, o que, a juntar à redução do horário de funcionamento, levou a “um sentimento de abandono das populações por parte da ARS, uma vez que haverá utentes de extensões de saúde que ficarão sem cobertura médica”.

Fonte da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro garantiu à agência Lusa que o centro de saúde retoma hoje o seu horário de funcionamento, negando que esta unidade registe falta de médicos de Medicina Geral e Familiar.

“Presentemente, tem sete clínicos para uma população de 11.122 utentes. A recente saída de um médico para a Unidade de Saúde Familiar Alves Martins não afeta, de forma alguma, o normal funcionamento da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Vouzela”, frisou.

Segundo os deputados socialistas, a situação vivida no centro de saúde de Vouzela causou “sérios constrangimentos na acessibilidade aos cuidados de saúde por parte dos utentes do concelho”.

O concelho “tem uma população com um elevado índice de envelhecimento” e situa-se na serra do Caramulo e no vale do Vouga, “o que traz dificuldades naturais de deslocação às pessoas, fruto das acentuadas barreiras geográficas”, referiam na pergunta.