A utilização de células estaminais em transplantes que visam tratar doenças do sangue (leucemias e alguns géneros de anemias) e doenças do sistema imunitário é já um dado adquirido na comunidade científica.

No entanto, um novo estudo publicado pelo banco público de células estaminais de Nova Iorque reforça a importância das células estaminais hematopoiéticas no tratamento eficaz de mais de 80 patologias.

"A investigação científica no campo das células estaminais está a produzir resultados a um ritmo alucinante. Praticamente todos os meses são divulgados novos estudos sobre possíveis avanços científicos relativamente à utilização deste recurso no tratamento ou reversão de diferentes patologias", explica Patrícia Cruz, diretora do Banco de Tecidos e Células do Laboratório Cytothera.

Neste momento estão a ser efetuados estudos que comprovam o alargamento do espetro de ação e aplicação das células estaminais hematopoiéticas, apontando-as como um fator decisivo no tratamento de doenças como a paralisia cerebral, o autismo, diabetes tipo 1 e displasia broncopulmonar.

Outro tipo de células estaminais cujos avanços têm sido notáveis são as células estaminais mesenquimais que, utilizadas em conjunto com as já referidas células estaminais hematopoiéticas, potenciam o sucesso dos transplantes alogénicos (em que existe grande risco de rejeição do transplante no paciente).

Existem mais de 400 estudos que visam comprovar e aprofundar as possibilidades de atuação das células mesenquimais em casos de diabetes, colite ulcerosa, cirrose hepática, cardiomiopatias, esclerose múltipla, lupus e doença do enxerto contra o hospedeiro.