18 de dezembro de 2013 - 16h16
O presidente da Câmara de Celorico de Basto apelou hoje ao Governo para comparticipar o funcionamento de uma unidade de medicina física e de reabilitação que sirva aquele concelho e o município vizinho de Mondim de Basto.
Para Joaquim Mota e Silva, o Estado pouparia dinheiro porque deixaria de suportar as despesas de deslocações dos doentes para concelhos mais afastados.
Falando para o secretário de Estado Adjunto do ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, que hoje inaugurou uma unidade de cuidados continuados em Celorico de Basto, o autarca lembrou que foram gastos cerca de 150.000 euros para equipar a unidade de medicina física e de reabilitação da Santa Casa da Misericórdia local, faltando apenas autorização do Estado para o serviço entrar em funcionamento.
Sobre esta matéria, o governante disse à Lusa que já foi iniciada "a parte fundamental do ponto de vista da saúde, que era verificar e assegurar que a unidade está licenciada e tem as condições técnicas necessárias".
"Vamos procurar desbloquear os entraves do ponto de vista legal e burocrático, tão cedo quanto possível. Estou pessoalmente empenhado, como a própria ARS-Norte, no sentido de resolver esta circunstância", acrescentou.
Fernando Leal da Costa disse não questionar "a necessidade de existir uma resposta na área da medicina física e reabilitação" naquele concelho.
"Não temos duvidado que, sempre que possível, as respostas locais são melhores quando poupam as deslocações a que, muitas vezes, os utentes são forçados, a expensas próprias ou públicas", acrescentou.

Antes, o presidente da câmara também tinha defendido que a unidade de cuidados continuados de longa duração, hoje inaugurada, com o apoio do Estado para 20 camas, devia ser complementada com uma unidade de cuidados de média duração, favorecendo a sustentabilidade económica do equipamento.
O secretário de Estado admitiu, no final, em declarações à Lusa, que "as unidades têm maior viabilidade financeira quando inseridas numa lógica e média duração", o que "resulta dos preços praticados".
Contudo, acrescentou, "este foi o acordo possível, com os montantes possíveis, prometendo que, "durante os próximos anos, em função das necessidade identificadas e das capacidades financeiras, com certeza que o Governo estará na disposição de ir fazendo os ajustamentos que forem possíveis".
Assinalando que "esta matéria depende de um acordo entre a segurança social e a saúde", Fernando Leal da Costa adiantou que, até ao fim do ano, será apresentada uma proposta para desenhar o plano de aberturas e contratos para 2014.
Lusa