21 de fevereiro de 2013 - 09h35
O aumento dos cancros do cólon e do reto, associados aos hábitos alimentares, bem como o crescimento do cancro da próstata e a estabilização do da mama são as principais conclusões do Registo Oncológico Nacional de 2006.
O documento, que será hoje apresentado, indica que, no ano em análise, registaram-se 4.250 novos casos de cancro do cólon (3.939 em 2005) e 2.371 novos casos de cancro do reto (1.930 no ano anterior).
Ana Miranda, diretora do Registo Oncológico Regional Sul (ROR-Sul), destaca o aumento destes cancros que estão associados aos (maus) hábitos alimentares dos portugueses.
A especialista sublinha a existência de rastreios a estes cancros, que permitem uma deteção e resposta atempadas à doença, embora reconheça que ainda não sejam suficientes.
A diretora do ROR-Sul, que integra todas as instituições públicas de saúde na região de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve e Madeira, aponta ainda para um crescimento do cancro da próstata, que se deve ao aumento das análises de PSA, que medem os níveis de uma proteína produzida pela próstata.
A vulgarização destas análises tem permitido a deteção atempada de “tumores mais pequenos”, explicou Ana Miranda.
Em relação à mama, a especialista disse que o cancro tem registado uma estabilização.
Sobre o facto de os últimos dados deste Registo Oncológico Nacional datarem de 2006, Ana Miranda sublinhou o tempo que demora à compilação de dados.
Este registo indica que os novos casos de cancro estão a aumentar em Portugal, sendo os tumores na próstata, mama e cólon os que mais atingem os portugueses.
Segundo o documento, em 2006 foram diagnosticados 39.356 novos casos de cancro (38.519 em 2005).
De acordo com este relatório, Portugal apresenta uma taxa de 371,83 casos de cancro por 100 mil habitantes, quando em 2005 essa taxa foi de 284,64 por 100 mil habitantes.
Lusa