Um sexagenário morreu a 25 de agosto num hospital madrileno, com febre hemorrágica da Crimeia-Congo, tendo infetado uma enfermeira que o tratou.

Segundo Cristina Santos, da Unidade de Apoio à Autoridade de Saúde Nacional e à Gestão de Emergências em Saúde Pública da DGS, não foram registados quaisquer casos de febre hemorrágica Crimeia-Congo em Portugal, mas foi dada orientação à Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro para reforçar a vigilância aos vetores, neste caso as carraças.

“A existência destes casos humanos em Espanha leva-nos a estar mais atentos às análises”, disse Cristina Santos, acrescentando que foi igualmente reforçada a informação para as autoridades de saúde estarem “mais atentas a eventuais casos”.

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Em Portugal, a Rede de Vigilância de Vetores (Revive), da responsabilidade do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), monitoriza a introdução de novos vetores em novas regiões geográficas e determina a atividade dos agentes infeciosos.

Maria João Alves, especialista em febre hemorrágica e coordenadora da Revive, disse à agência Lusa que o vírus nunca tinha sido identificado em Portugal, nem em Espanha, onde agora se registaram estas duas infeções e dezenas de pessoas estão a ser monitorizadas por terem estado em contacto com estes doentes.

“A transmissão do vírus da febre hemorrágica é feita pela carraça, através da picada”, adiantou, afirmando que em Portugal são recolhidas carraças em todo o território para posterior pesquiza de agentes, como o vírus da febre hemorrágica Crimeia-Congo.

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No caso de alguma pessoa apresentar sintomas da doença – que são exuberantes, uma vez que incluem a hemorragia – o INSA disponibiliza diagnóstico.