A instituição volta a estar integrada na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, o que quer dizer que pode começar a receber utentes, mantendo as 50 camas de que dispunha.

A mesma fonte referiu ainda que vai ser reforçada a monitorização das condições exigidas para o funcionamento desta unidade de saúde privada.

A Casa de Saúde de Santo António encontrava-se com a atividade suspensa desde 01 de julho de 2016, tendo os utentes sido transferidos para outras unidades.

Na altura, a ARS-C justificou a decisão "face à avaliação do risco pela autoridade de saúde, que detetou um conjunto de inconformidades graves nas mais diversas áreas".

A retoma da atividade era uma das condições para a recuperação da empresa que, recentemente, viu homologado em tribunal o seu Processo Especial de Revitalização (PER).

Na proposta de plano de recuperação que foi apresentada aos credores, a administração refere que a suspensão temporária da atividade impediu a empresa de, pontualmente, solver todos os seus compromissos. "Perante a situação vivida é-lhe difícil continuar com a sua atividade por falta de liquidez - défice de tesouraria. Nem consegue crédito bancário que lhe permita continuar o seu regular funcionamento e manter a atividade em pleno", lê-se na proposta de plano de recuperação.

Ainda assim, a administração considera que a empresa é viável, "não obstante se impor uma reestruturação do seu passivo e a retoma da atividade, que se pretende seja feita em pleno".

Os créditos reclamados no PER rondam os 14,6 milhões de euros, mas a maior fatia (13,4 milhões de euros) está nas mãos da banca, nomeadamente do Montepio Investimento e da Caixa Económica Montepio Geral.

A Segurança Social (269 mil euros) e a Fazenda Nacional (213 mil euros) são outros dos maiores credores.