Segundo a edição desta quarta-feira (04/01) do Jornal de Notícias, os tempos médios de espera dos doentes urgentes (pulseira amarela da triagem de Manchester) atingiram as 11 horas na segunda-feira no Hospital Amadora-Sintra e, ontem à tarde, ainda ultrapassavam as seis horas e meia.

No Hospital de S. João, no Porto, os doentes urgentes esperaram, em média, mais de quatro horas e meia para serem observados por um médico.

Já no Hospital Amadora Sinta, também se registou entre segunda e terça-feira um afluxo anormal nas idas às urgências. Em dois dias, mais de 600 pessoas recorreram ao serviço. Alguns doentes chegaram ao hospital na segunda-feira, mas já só foram atendidos na terça-feira.

Na terça-feira à noite, o ministro garantiu sempre que alguma coisa corre menos bem, há a intervenção imediata das direções dos hospitais e das administrações regionais de saúde para corrigir o que há para corrigir.

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“Temos dezenas de unidades hospitalares e centenas de centros de saúde e o que verificamos é que este ano as coisas estão a correr muito bem, com o esforço enorme dos profissionais de saúde”, disse, na terça-feira, à margem da tomada de posse dos Corpos Gerentes da Misericórdia do Porto.

Cirurgias canceladas

O ministro da Saúde garantiu ainda que a suspensão de cirurgias de rotina por falta de camas em períodos de gripe é “totalmente normal” e uma “boa prática dos hospitais” como o de Tondela-Viseu.

O governante “Temos hoje o maior número de médicos no Sistema Nacional de Saúde de que há memória, temos mais enfermeiros, estamos a investir nos equipamentos e estamos a criar condições para que o inverno passe e as pessoas sejam bem acolhidas”, salientou. O objetivo do Ministério da Saúde é que a população tenha, ano após ano, mais condições, sustentou. Face ao aumento da atividade gripal, vários centros de saúde do país alargaram o horário dos Serviços de Atendimento de Situações Agudas (SASU) para responder à procura.