O risco de cancro familiar está hoje em debate na Fundação Calouste Gulbenkian, numa conferência promovida pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, que vai juntar especialistas nacionais e internacionais.

A notícia é avançada pelo Diário de Notícias. As consultas de risco familiar do cólon e da mama existem desde a década de 1990 no IPO de Lisboa. Em 17 anos, a unidade já avaliou mais de 10 mil famílias.

Segundo o referido jornal, no caso dos tumores malignos do cólon, há alterações genéticas que aumentam o risco de cancro para percentagens superiores a 50% quando o risco da população geral é de apenas 5%.

Nestas consultas de risco genético de cancro, analisa-se a história das últimas três gerações, sendo que os mais importantes são os familiares de primeiro grau: pais, irmãos e filhos.

Ter um cancro é na maioria das vezes um azar

Um estudo publicado este ano revela que a maioria dos casos de cancro é provocada por erros genéticos e não tanto pelo estilo de vida.

Duas em cada três mutações genéticas responsáveis por cancro resultam de erros aleatórios que ocorrem quando as células se dividem, um processo essencial para a regeneração do organismo, segundo um estudo norte-americano publicado na revista científica Science.

Está amplamente comprovado que evitar certos fatores como o tabaco ou a obesidade reduz o risco de cancro", comenta Cristian Tomasetti, professor adjunto de bioestatística do Centro do Cancro da Universidade Johns Hopkins e um dos autores desta investigação.

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