Em declarações à Antena 1, o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, afirma que os hospitais "não têm meios, porque não são autorizados pela tutela a tê-los".

Quanto às declarações do secretário de Estado Adjunto do ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, de que o Serviço Nacional de Saúde mantém capacidade de internamento, José Manuel Silva diz que "não é sério fazer uma afirmação dessas".

"Se os hospitais e as administrações regionais de saúde tivessem recursos suficientes manteriam as camas abertas, mas não têm, por definição da estratégia política e financeira do Ministério da Saúde, que asfixia financeiramente os hospitais", salienta.

O responsável refere que "são abertas mais camas, mas não foram adquiridos mais recursos humanos definitivos" e "para manter essas camas abertas é preciso toda uma série de recursos adicionais" que os cortes não ossibilitam.

José Manuel Silva destaca ainda o "deficit crónico de camas hospitalares, que se agravou pela falta de camas e pelas consequências sociais da crise".

Em Portugal há 3,4 camas hospitalares por mil habitantes, enquanto a média europeia é de 5,2 camas.