Em declarações à agência Lusa, o presidente da autarquia, José Leonardo Silva, disse já ter reunido com a administração da unidade de saúde e também com a direção clínica para se inteirar do caso, que considerou não ser "motivo para alarmes".

"O hospital da Horta atuou de imediato, tal como se impõe nestes casos, e já procedeu à limpeza e desinfeção das canalizações", explicou o presidente da câmara, realçando o facto de, até à data, "nenhum doente" ter sido infetado com esta bactéria.

O responsável garantiu, contudo, que o município vai continuar a acompanhar o caso, aguardando "serenamente" o resultado das contra-análises entretanto efetuadas.

Preocupação semelhante revelou também o representante nos Açores do Sindicato dos Enfermeiros, para quem a contaminação de ‘legionella’ no hospital da Horta "não é alarmante".

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"Por aquilo que sabemos, foram tomadas as providências habituais nestas circunstâncias. Os doentes foram transferidos para outra zona do hospital, o que causa alguns transtornos, mas não mais do que isso", salientou Francisco Branco.

O representante dos enfermeiros referiu que, apesar de se tratar de uma contaminação por uma bactéria considerada perigosa, "não há indicação de doentes ou funcionários contaminados".

Uma análise de rotina ao sistema de águas do hospital da Horta detetou a presença de ‘legionella’ na canalização, mas nenhum doente foi infetado, disse hoje a diretora clínica da unidade.

Fátima Pinto disse à agência Lusa que “não se trata de um surto” de ‘legionella’, na medida em que “nenhum doente foi infetado”, adiantando terem já sido realizadas desinfeções ao sistema de água para evitar que pacientes ou profissionais de saúde possam vir a ser infetados.

“Não é um surto de ‘legionella’. Um surto tem a ver com a infeção de vários doentes, coisa que não tivemos. É apenas e só uma contaminação das águas do hospital da Horta, no edifício velho”, esclareceu a profissional de saúde.

A ‘legionella’ é uma bactéria que, quando inalada, pode provocar infeções respiratórias graves, e até mesmo a morte, como aconteceu, em novembro de 2014, em Vila Franca de Xira, onde foram infetadas 400 pessoas, 12 das quais acabaram por morrer.

A diretora clínica em funções do hospital da Horta considerou que o caso agora detetado “não é grave” e garantiu que já foram tomadas “as medidas de precaução adequadas” para evitar que os doentes estejam expostos à bactéria.

“Evitaram-se os banhos. Os doentes passaram a tomar banho no bloco novo e houve uma preocupação no sentido de evitar que os doentes estejam expostos a vapores ou a nebulizações que possam ter água das torneiras”, declarou Fátima Pinto.

O conselho de administração do hospital da Horta tem estado em contacto com a Direção-Geral da Saúde e divulgou, entretanto, um comunicado interno a alertar para os procedimentos a adotar nestes casos.

Entretanto, já chegou ao Faial uma equipa de técnicos do INOVA para proceder à recolha de análises nos locais contaminados, para serem posteriormente analisados em laboratório.