A investigação, conduzida pela Universidade do Texas, nos Estados Unidos, foi publicada na revista científica PLOS One e baseou-se em dados de um inquérito nacional que analisou a ingestão de cafeína, quer através do café, chá, refrigerantes ou bebidas energéticas.

Os investigadores, coordenados pelo professor David S. Lopez, descobriram que os homens que consumiam entre 85 a 170 miligramas de cafeína (o equivalente a duas a três chávenas de café) por dia tinham 42% menos probabilidades de sofrer de disfunção erétil do que os que ingeriam entre menos de 7 miligramas diários.

Segundo o estudo, aqueles que ingeriam uma qualidade superior - entre 171 e 303 miligramas de cafeína por dia - apresentavam, também, um risco 32% inferior ao dos restantes de vir a reportar este problema, uma tendência que se observou tanto em homens saudáveis como em indivíduos com excesso de peso, obesidade ou hipertensão.

Diabéticos não beneficiam desta propriedade da cafeína

"Embora tenhamos observado uma redução da prevalência da disfunção erétil entre os homens obesos, hipertensos ou com excesso de peso, isso não aconteceu com os homens diabéticos, já que a diabetes é um dos maiores fatores de risco para este problema", explica, em comunicado, David S. Lopez.

De acordo com os cientistas, o papel destas bebidas na redução do risco da impotência deve-se à atuação da cafeína que provoca o relaxamento das artérias do pénis e, consequentemente, melhora o fluxo sanguíneo.