“O que aguardamos agora é o desenvolvimento de uma vacina segura contra a dengue. Não há uma expectativa imediata. As melhores chances que temos dão conta de que poderemos, se tudo der certo, ter uma vacina segura para todos os brasileiros (…) lá para 2018. Insisto: se tudo der certo na pesquisa”, disse.

Segundo o ministro, o sucesso depende de avanços dos laboratórios que realizam investigações nessa área – incluindo o Instituto Butantan, em São Paulo, e o Fiocruz, no Rio de Janeiro.

As declarações de Arthur Chioro foram proferidas durante o programa “Bom dia, ministro”, produzido pela Secretaria de Imprensa da presidência, e reproduzidas pelo portal G1.

O Instituto Butantan recebeu, na semana passada, aprovação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para iniciar a terceira fase de estudo clínico.

Esta terceira fase – a última antes de o produto ser avaliado pelas agências reguladoras – vai ser realizada em cooperação com os Institutos de Saúde dos Estados Unidos (NIH), segundo os ‘media’ brasileiros.

Este ano, até 18 de abril, o Brasil registou 745.900 casos de febre dengue, 229 dos quais mortais, refletindo uma situação de epidemia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera existir uma epidemia quando para cada grupo de 100 mil habitantes, a incidência da doença supera 300 casos. No Brasil, o índice era de 367,8.

Os mais de 745 mil casos até 18 de abril representavam um aumento de 234,2% no número de infetados com dengue em relação ao período homólogo de 2014.

A OMS estima que em cada ano se registem entre 50 e 100 milhões de infeções pelo vírus da dengue no mundo.

Cerca de 500 mil pessoas que sofrem de dengue grave precisam de hospitalização e, de entre estes, aproximadamente 2,5% morrem .