Investigadores da Universidade de Edimburgo analisaram um pequeno grupo de bombeiros saudáveis da Escócia e submeteram-no a dois exercícios de simulação de incêndio, com uma semana de intervalo, no qual tinham de resgatar uma "vítima" ao mesmo tempo que eram expostos a temperaturas de 400 graus Celsius. A tensão arterial dos bombeiros foi controlada 30 minutos antes do exercício e 24 horas depois.

No fim da experiência, foram colhidas e analisadas amostras de sangue. Os resultados mostraram que o risco de coagulação sanguínea aumentou devido ao esforço físico e às temperaturas altas, enquanto que a tensão arterial baixou.

"A baixa pressão arterial imediatamente após a retirada do fogo deve-se à desidratação e ao aumento do sangue que é desviado para a pele para ajudar o corpo a arrefecer", explica o autor Nicholas Mills num relatório associado ao estudo publicado na revista "Circulation" da Associação Americana do Coração.

De acordo com o investigador, a pulsação, o ritmo cardíaco e a duração dos impulsos elétricos que passavam por cada parte do coração demonstraram um esforço cardíaco acrescido que desencadeia uma menor quantidade de sangue a chegar ao coração. "Essas condições podem causar lesões no músculo cardíaco em bombeiros saudáveis e podem explicar o maior risco de ataques cardíacos", conclui o estudo.