A Biotrial decidiu “propor, junto da comunidade científica internacional, evoluções dos padrões”, indicou a empresa em comunicado enviado aos media franceses.

O laboratório também anunciou ter decidido “criar de imediato um comité científico de referência para investigar a origem desse acidente”, definido como “inédito e imprevisível” e sobre o qual ainda se desconhecem as causas.

“Os ensaios precedentes com o produto experimental BIA-10-2474 não revelaram nenhuma anomalia”, acrescentou o laboratório, insistindo que colabora com a justiça “com total transparência”.

Num outro comunicado, a Biotrial tinha assegurado que o estudo se realizou “em total conformidade com os regulamentos internacionais”.

A ocorrência surgiu na primeira fase desse ensaio terapêutico que foi interrompido, em que foi ministrado a 90 voluntários sãos a molécula BIA 10-2474 no âmbito da preparação de um medicamento para tratar problemas motores e de ansiedade relacionados com doenças neuro-degenerativas.

Os seis voluntários afetados tinham entre 28 e 49 anos, pertenciam ao mesmo grupo, receberam a mesma dose, começaram a tomar a molécula em 7 de janeiro e fizeram-no de forma repetida, ao contrário das restantes “cobaias” humanas.