O caso é extremamente raro e há poucos relatados em literatura médica. Dominique tinha um irmão gémeo, que não se desenvolveu durante a gestação, e acabou por se fundir com o seu corpo. A menina tinha assim quatro pernas e duas colunas vertebrais.

Numa cirurgia inédita e complexa realizada em Chicago, nos Estados Unidos, o gémeo parasita foi removido com sucesso e Dominique, de dez meses, está a recuperar bem em solo norte-americano.

O procedimento cirúrgico durou seis horas e envolveu cinquenta pessoas, entre elas cinco cirurgiões.

Dominique viajou da Costa do Marfim para os Estados Unidos para ser sujeita à cirurgia considerada pelos médicos que a operaram de alto risco. Em declarações à BBC, o cirurgião que liderou o procedimento raro revela que um dos maiores desafios era garantir que Dominique não ficaria paralisada.

O gémeo parasita estava situado numa zona crítica do corpo de Dominique, entre o pescoço e a coluna vertebral, o que "causaria problemas de coluna muito graves à medida que fosse crescendo", explica o clínico à referida estação de televisão britânica.

A criança, que durante este período foi acolhida por uma família norte-americana, está a recuperar bem da cirurgia e deverá voltar em breve para a Costa do Marfim.

As frases mais ridículas ouvidas pelos médicos