No segundo e último dia das jornadas parlamentares bloquistas no distrito de Setúbal, os deputados visitaram o Hospital do Barreiro e reuniram-se com a comissão de utentes do futuro Hospital do Seixal, projeto considerado essencial como "serviço complementar e de retaguarda" para aquele concelho, mas também para "Almada, Sesimbra e toda a área circundante".

"Para onde as pessoas vão se tiverem um problema de saúde? Para a urgência do [Hospital] Garcia de Orta, onde os serviços vão bloquear, não vão ser atendidas e vão estar horas e horas à espera que um médico olhe para elas e faça um diagnóstico e, em muitos casos, como infelizmente sabemos, pessoas chegaram inclusivamente a morrer antes de serem vistas, num atraso nunca visto nos últimos anos e pelo qual é responsável este Governo, o atraso no acesso à saúde pela população portuguesa", afirmou.

Segundo Helena Pinto, "têm de parar estas políticas de destruição do Serviço Nacional de Saúde".

"Falta vontade política do Governo. Não falta mais nada. O protocolo está assinado desde 2009, existe o terreno para construir o hospital, o investimento não é assim tão grande e, aliás, estão feitas as contas todas", elencou a parlamentar bloquista sobre a unidade hospitalar seixalense, lamentando ainda já ter feito diversas vezes a pergunta ao ministro da Sáude, Paulo Macedo, mas sem qualquer resposta.

A deputada do BE aludiu ainda a "outro problema muito dramático, que é a falta de médicos de família". "Só aqui, mais de 60 mil pessoas não têm médico de família, mas é um problema extensivo a todo o país, com particular incidência em Lisboa e Vale do Tejo e sul do país", apontou.