O dirigente e deputado do BE na Assembleia Legislativa da Madeira considerou que este é um dos grandes desafios que se coloca ao novo secretário regional da Saúde, João Faria Nunes, que hoje tomou posse, substituindo no cargo Manuel Brito, que se demitiu depois de ter sido revelado que detinha uma participação de 0,008% numa clínica privada.

Numa conferência de imprensa em frente ao parlamento madeirense, meia hora antes da tomada de posse do novo governante, Roberto Almada realçou que importa saber em que termos será feita a revisão da convenção com a Ordem dos Médicos, que já tinha sido anunciada pelo secretário demissionário.

"A primeira questão que se coloca é saber se a revisão vai levar a um aumento do preço das consultas, que neste momento custam no privado 55 euros e que podem passar para mais de 100 euros", vincou Roberto Almada, sublinhando que o Bloco de Esquerda não aceitará uma situação destas, tendo em conta que "no serviço público não há resposta para muitas especialidades".

O líder regional do BE desafiou, também, o novo secretário a pronunciar-se sobre os "equipamentos que estão avariados", a "falta de vacinas" e a "falta de material básico para assegurar cuidados de saúde e higiene" no Hospital do Funchal, nos centros de saúde e em todo o serviço público da saúde da região autónoma.

Roberto Almada quer ainda saber qual será a posição de João Faria Nunes sobre a eventual construção de um novo hospital na Madeira, bem como sobre a anunciada construção de um hospital privado já no próximo ano.

"Fazemos votos para que o novo titular da pasta da Saúde efetivamente comece a governar e a resolver estes graves problemas que afligem os utentes e o serviço regional de saúde", declarou.