“Desafiámos as escolas médicas no sentido de que o que são as competências específicas na área da comunicação sejam cada vez mais desenvolvidas nos estudantes de medicina”, afirmou o bastonário da Ordem dos Médicos durante um encontro com jornalistas a propósito do XX Congresso Nacional de Medicina que decorre em Coimbra no fim de semana.

Miguel Guimarães admite que a comunicação entre médicos e doentes nem sempre “tem sido a melhor”, indicando que “a principal queixa dos doentes” na relação com os médicos é precisamente a transmissão da informação e a sua explicitação.

“O currículo das escolas médicas depende das próprias escolas. O que já fiz de forma informal e tenciono fazer formalmente é colocar a comunicação médico-doente num primeiro plano e dar-lhe mais importância”, afirmou o bastonário, acrescentando que também as questões éticas e deontológicas necessitam de ser mais exploradas no ensino.

A “Comunicação Médico-Doente" e "A Relação Médico-Doente na essência da Medicina" são alguns dos temas principais do XX Congresso Nacional de Medicina e do XI Congresso Nacional do Médico Interno que vão decorrer em Coimbra.

Há faculdades que integram já nos cursos de medicina módulos ou cadeiras dirigidas à área da comunicação, mas que não são obrigatórias no currículo.