4 de dezembro de 2013 - 15h50

A bastonária da Ordem dos Nutricionistas congratulou-se hoje com a classificação da dieta mediterrânica como Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO e disse que tal pode promover o regresso a este tipo de alimentação.

A dieta mediterrânica foi hoje classificada como Património Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) em Baku, no Azerbaijão, uma decisão tomada durante a 8.ª Sessão do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da UNESCO.

Alexandra Bento recebeu a notícia desta classificação com “grande satisfação”, principalmente tendo em conta o papel que a dieta mediterrânica tem enquanto geradora de saúde e na prevenção de doenças.

Para a bastonária, a aprovação desta candidatura pode tornar mais pujante a passagem da mensagem sobre os benefícios desta dieta.

“Esta é uma forma de comer muito simples, muito adaptada às várias estações do ano e que dá grande destaque a alimentos de qualidade - como os hortícolas, a fruta e os cereais e pão – sendo toda ela geradora de saúde”, adiantou.

A nutricionista sublinhou o papel deste tipo de alimentos na prevenção de doenças como a obesidade e problemas cardiovasculares que são a principal causa de morte em Portugal.

Depois da classificação do fado, há dois anos, Portugal volta a integrar a lista de bens do Património Imaterial e Cultural da Humanidade com a dieta mediterrânica, sendo esta a primeira vez que a região do Algarve vê a sua cultura reconhecida pela UNESCO.

A dieta mediterrânica, com origem no termo grego "daiata", é um estilo de vida transmitido de geração em geração, que abrange técnicas e práticas produtivas, nomeadamente de agricultura e pescas, formas de preparação, confeção e consumo dos alimentos, festividades, tradições orais e expressões artísticas.

Lusa