16 de maio de 2013 - 14h56
Os desenvolvimentos científicos na área da gestão e tratamento do doente com Esclerose Múltipla (EM) em Portugal serão um dos temas em destaque no simpósio “O Compromisso com a EM”, que irá reunir em Lisboa cerca de 70 especialistas nacionais e internacionais que se dedicam ao tratamento desta patologia. A reunião acontecerá no dia 18 de Maio, às 9h30, no Centro Cultural de Belém.
O acesso aos novos fármacos, a evolução terapêutica na EM e a sustentabilidade do modelo financeiro no tratamento das doenças crónicas são os temas que vão ocupar a primeira parte da reunião, enquanto o restante encontro será dedicado à análise dos tratamentos de primeira linha, à investigação clínica e à utilização do Natalizumab. 
O Tysabri Observational Program (TOP), por exemplo, foi um estudo mundial onde foram incluídos mais de 4.000 doentes, dos quais 67 eram portugueses e que durante mais de 17 meses foram seguidos por especialistas para avaliar a eficácia e segurança de Natalizumab. Este estudo concluiu que, na população de doentes portuguesa, a eficácia do fármaco se traduziu numa diminuição de 93 por cento da taxa anualizada de surtos. 
Maria José Sá, coordenadora da consulta de doenças desmielinizantes do Centro Hospitalar de São João do Porto explica que “a crescente oferta de terapêuticas imunomoduladoras para a Esclerose Múltipla, em que esta reunião se centra, é um enorme avanço para a melhoria e a personalização do tratamento dos doentes, que se espera seja possível num futuro próximo, ajustando o fármaco certo ao doente certo, assim haja recursos para tal”.
Esta reunião contará com a presença do responsável máximo mundial da Biogen Idec na área da investigação clínica, Doug Williams, que estará em Portugal para transmitir os mais recentes desenvolvimentos da empresa, não só na área da EM, como também noutras áreas de investigação clínica e laboratorial da companhia.
A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença que afeta o Sistema Nervoso Central. Trata-se de uma patologia inflamatória, crónica, desmielinizante e degenerativa que interfere com a capacidade em controlar funções como a visão, locomoção e equilíbrio. Segundo dados publicados, em Portugal existem mais de 5.500 doentes. Aproximadamente 80% dos doentes com EM têm fadiga e muitos referem que é o sintoma mais incapacitante, afetando a vida profissional e social do indivíduo.
SAPO Saúde