No final de 2015, estavam autorizados, para realização, 361 ensaios clínicos. Desde o início do ano, o Infarmed, Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, recebeu 34 pedidos, tendo autorizado 32.

O tempo médio de resposta aos pedidos recebidos no primeiro trimestre do ano foi de 35 dias úteis, mais 23 do que em 2015.

A esmagadora maioria dos pedidos recebidos pelo Infarmed, nos primeiros três meses do ano, foram feitos pela indústria farmacêutica (trinta), com os restantes quatro a partirem do meio académico e não comercial.

Em relação aos medicamentos experimentais, os mais frequentes foram os antineoplásicos e imunomoduladores (14), seguindo-se os anti-infecciosos (seis), para o sistema nervoso central (quatro) e o sistema cardiovascular (quatro), entre outros.

A propósito do Dia dos Ensaios Clínicos, que se assinala hoje, a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) associou-se a uma iniciativa internacional que visa alertar para o contributo de todos os agentes que possibilitam os avanços na medicina e evidencia os benefícios económico-sociais dos ensaios clínicos.

Segundo a Agência Europeia de Medicamento (EMA), todos os anos são autorizados cerca de 4.000 ensaios clínicos no Espaço Económico Europeu (EEE).

Tal resulta do “esforço conjunto de diversas entidades de investigação globais que contribui decisivamente para a forma como tratamos doentes e curamos inúmeras patologias”, lê-se na nota da Apifarma.

Esta associação vai assinalar a efeméride com a disponibilização, no seu sítio na internet, de um conjunto de vídeos sobre o panorama e o potencial dos ensaios clínicos.

Em 2015, 91% dos ensaios clínicos realizados em Portugal foram promovidos pela indústria farmacêutica.

Aquele que é considerado o primeiro ensaio clínico da história realizou-se a 20 de maio de 1747, quando James Lind, cirurgião naval escocês, conduziu o primeiro estudo comparativo realizado em condições experimentais controladas, aplicando sumo de limão a um grupo de marinheiros que sofriam de escorbuto, o que permitiu registar os efeitos positivos da Vitamina C junto destes doentes.