5 de setembro de 2014 - 10h00
A Food and Drugs Administration (FDA), a agência norte-americana que regula o setor dos alimentos e medicamentos, autorizou na quinta-feira uma nova terapia experimental que atua junto do sistema imunitário. A droga chama-se Keytruda e pretende combater o melanoma avançado, um cancro agressivo de pele.
A terapia é, no entanto, apenas indicada para pacientes que não respondem a outros tratamentos.
Também conhecida como pembrolizumab, a droga é a sexta inovação nas terapias para combater este tipo de tumor.
Desenvolvida pela farmacêutica Merck, a Keytruda "é a primeira droga aprovada para bloquear o componente celular chamado PD-1, que impede o sistema imunitário de combater as células cancerígenas", explicou a FDA em comunicado.
"A Keytruda pode ser utilizada depois do tratamento com ipilimumab, um tipo de imunoterapia" existente, acrescentou a nota.
O melanoma, uma forma de tumor muito agressivo nas células responsáveis pela pigmentação da pele, representa cerca de 5% dos novos casos de cancro diagnosticados nos Estados Unidos.
Em Portugal, o secretário-geral da Associação Portuguesa de Câncro Cutâneo (APCC) estima que sejam diagnosticados 11.000 novos casos de cancro da pele em Portugal só em 2014, 1.000 dos quais melanomas.

A Aliança para a Pesquisa do Melanoma classificou a aprovação do medicamento como um "grande avanço" e ressaltou que 69% dos pacientes tratados com pembrolizumab melhoram um ano depois de submetidos ao fármaco.
As outras drogas aprovadas pela FDA contra o melanoma são o ipilimumab (2011), peginterferon alfa-2b (2011), vemurafenib (2011), dabrafenib (2013) e trametinib (2013).
Por SAPO Saúde/AFP