2 de setembro de 2014 - 15h43

Associações de defesa dos consumidores de 15 países europeus, incluindo Portugal, lançam hoje uma campanha que visa exigir maior transparência na rotulagem dos produtos transformados contendo carne.

Segundo a associação Deco, que em Portugal é o parceiro a campanha, pretende-se que os produtos com carne transformada tenham “rótulos com informação mais esclarecedora”.

“Conheça a origem da sua carne” é o nome escolhido para esta campanha, que irá circular essencialmente nas redes sociais, lançando aos consumidores o repto de se pronunciarem sobre o assunto.

É ainda pedido aos portugueses que enviem exemplos de fotografias de rótulos que encontrem no mercado nacional e que tenham a informação considerada mais esclarecedora.

Dulce Ricardo, da Deco, explicou à agência Lusa que atualmente só a carne bovina fresca deve indicar onde o animal nasceu, foi criado e abatido. Quando a carne é transformada, essas menções deixam de ser necessárias nos rótulos dos produtos.

As associações europeias de defesa do consumidor pretendem que seja indicada a origem e local de transformação da carne de todos os produtos transformados, como lasanhas, hambúrgueres, ‘nuggets’, salsichas ou bacons.

“Temos tido alguns escândalos alimentares que colocam à prova a confiança dos consumidores”, lembrou Dulce Ricardo, indicando, nomeadamente, os casos de carne de cavalo encontrada em produtos transformados vendidos como carne bovina.

Assim, a organização europeia de associações de defesa do consumidor pede “cada vez maior transparência” na informação que é fornecida: “uma rotulagem mais completa e esclarecedora irá ajudar a uma escolha mais precisa do consumidor”.

Cada país vai recolher até ao final deste mês testemunhos recolhidos junto dos consumidores que serão depois compilados e resumidos pela organização europeia que pretende pressionar os estados europeus a adotarem legislação para melhorar a rotulagem dos produtos transformados contendo carne.

Em Portugal, a campanha irá circular pelas redes sociais e pode também ser acedida através do site da associação Deco.

Por Lusa